sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mistery

Nova gravação estilo Eletravel. Essa eu fiz durante uma inspiração repentina que veio depois de ouvir algumas músicas do Yasunori Mitsuda (conhecido pelas músicas do Chrono).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Days of Thunder

Eis minha nova canção! Dessa vez experimentei fazer em inglês. Essa música é sobre pessoas que ficam trancadas em casa achando que está caindo uma tempestade lá fora, quando há apenas o som dos trovões.


Outside's a mystery for those who stay home
As we hear the sound we wait the frightening storm
We hide our lifes

Maybe there's a rain beyond the closed windows
No one sees the sun, no one knows the truth with shut eyes
The sound, a deluge
The fact, an illusion

In the days of thunder
When the fear and anger
Keeps our minds inside us
Ignores the real
In the days of thunder
We must turn our hunger
To find the unknown
Into acts of freedom

There is no more sense pretending we are safe
If there is a world to conquer, home's a bad place
The sound may be strong
But prepare to move on

In the days of thunder
When the fear and anger
Keeps our minds inside us
Ignores the real
In the days of thunder
We must turn our hunger
To find the unknown
Into acts of freedom

Even through the storm I'll raise and fight
Sunny days are conquered when there's no light
Hope can change fear into ways of eternity
All as one, humble come to make this world a home

King's Marriage

Música que eu compus sob encomenda pro casamento do meu irmão. Tudo gravado com VSTi's, principalmente do EWQL Symphonic Orchestra Gold.

Funky Yeah!

Nova musica instrumental. Os timbres são do Kontakt, só o Hammond é o Charlie Organ.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Devaneios de uma caminhada noturna

Dizem que todos tem um dom sobrenatural. Muitos tem visões do futuro. Alguns enxergam espíritos do que parecem ser pessoas mortas. Eu sinto como se estivesse despertando aos poucos o meu dom, por anos guardado, prestes a entrar em erupção mudando todo o curso da minha vida: Eu vejo pessoas invisíveis.

São pessoas vivas, talvez visíveis para uma ou outra pessoa que por obra do acaso se cruzam com uma dessas pessoas. Passam por momentos de tensão, talvez, até que o esquecimento devolve a invisibilidade aos primeiros indivíduos. São pessoas invisíveis aos olhos da sociedade. Perambulando sob o escaldante sol ou se esquivando do frio na escuridão. Eles estão lá, embora as grandes massas os ignoram como se estivessem camuflados na paisagem. Quem os percebe evita mirar em seus olhos, a fim de seguir seu trajeto intacto. Sim, eles estão lá, e eu os vejo.

E eis que cada esquina é uma história. Cenas, como em um filme, são remontadas a cada cenário que a escura cidade exibe. E um trajeto rotineiro de volta para casa à noite se torna um livro de histórias completo. Vejo as fezes no chão. Não são de cachorro, nem de outro animal. Alguém cagou ali. Alguém que a humanidade não nomeia. Cada objeto é uma história. Uma peça de carro jogada ao chão à noite é apenas o início do nosso flashback reverso que remonta toda uma história do cotidiano do mecânico que ali esteve quando ainda era claro. Cada pichação revela um adolescente em algum passado remoto, que talvez hoje seja um adulto pensando o quão idiota era quando fazia pichações no passado. Embora aquela pichação, no momento em que foi feita, estava carregada de um significado imenso, que eu não faço idéia do que era.

E lá estava eu voltando para casa, enxergando pessoas invisíveis. Muitos estavam lá na hora. Muitos eram apenas personagens das histórias que os rastros contavam. Mas eram muitos, em apenas um pequeno trecho. Um bêbado sendo carregado na saída de um boteco. Um problema grande para os homens que o carregavam ali na hora. Esses homens ficariam com essa imagem talvez pelo resto da noite. Mas completamente invisível para a sociedade. Esse bêbado simplesmente não existe para o mundo. Eu o vejo.

Um pouco mais à frente, ruínas do que há não muito tempo foi uma escola. Uma escola que passava mensagens, expostas à todos de fora através de desenhos e frases pintadas por alunos nos muros. Hoje só há um monte de terra e um orelhão que nem imaginava que tinha lá dentro. Logo pensei na pessoa que educava aquelas crianças. Tanta dedicação e arte não foram em vão, apesar das ruínas parecerem cruéis. As crianças se espalharão pelo mundo com um conteúdo a mais, com algo de valor. Logo à frente, vejo um bar, com jovens que parecem ser o oposto do que acredito ser o o futuro daquelas crianças. Jovens vazios e sem conteúdo, todos iguais, que não enxergam os invisíveis. Mas eis que encaro uma das jovens e vejo que talvez eles sejam sim aquelas crianças no futuro. E aí já não sei quem tem conteúdo ou não, e de repente os próprios jovens daquele bar parecem invisíveis. Não precisa ser uma minoria excluída para ser invisível. A própria maioria engole os seus seguidores.

Eu olho para os peças-rara urbanos e eles olham para mim. Eles gostam de mim. Muitos não compreendem e julgam a interação com essas pessoas como perda de tempo. Mas eu não sei. Eu realmente não sei o que será de mim quanto à isso. Só sei que a cada dia essas pessoas esquecidas invadem mais e mais a minha vida. Minha história, ainda que ilusoriamente, vai se misturando com a deles. Não se se isso vai continuar crescendo, se me levará a algum lugar. Desconheço o meu futuro. O que eu sei agora é que eu descobri em mim um dom: Eu vejo pessoas invisíveis.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como Compor Música

Coloquei um mini-site na internet com dicas de composição musical. É o Compor Música . Ajude aí a incrementar o site colocando suas dicas nos comentários, e divulgando o endereço onde você puder... porque o grande motivo da existência dele é ganhar grana com as propagandas, uahahaha. Então se você tem um blog ou algo assim, bota lá um link apontando pro Compor Musica, hem. O endereço é: http://compormusica.com

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Evangelho Multidirecional

Uma vez eu aprendi uma coisa muito interessante: As pessoas querem ajudar. Ok, existe todo tipo de gente, com todo tipo de interesse. Existem aqueles que não querem ajudar os outros de jeito nenhum, acham que é pura perda de tempo, etc, etc. Desconsideremos então essa minúscula minoria. Reafirmo então: As pessoas querem ajudar. Só precisam de uma entrada fácil, conduzida, a um ambiente de solidariedade prática. E provocar um sorriso em quem estava na pior, cara, isso faz o dia de qualquer um valer a pena. E o quadro do mundo é esse: Um monte de gente sozinha boiando no oceano com seus botes salva-vidas, esperando topar com um náufrago para resgatar. Sendo que muitos não se lembram, mas eles próprios estão nos botes por serem sobreviventes de naufrágios. Agora, fique com essa imagem, e vamos para um outro tema, e depois faremos a conexão.



Missionários. Gente engajada na divulgação do Evangelho. Há aqueles que atuam de um modo mais empreendedor, atuando com estratégia, liderando grupos de dentro de um gabinete. Há aqueles guerreiros que adentram o desconhecido em busca de trevas para iluminar. Há muitos outros tipos, muitos outros. Há até estagnados. Enfim, toda a Igreja é missionária, de alguma forma. Essa é a única faceta da Igreja? Não. É a mais importante? Não acho que essa pergunta tenha sentido. Mas fique com esse quadro: Alguns (os cristãos) querendo alcançar o resto do mundo. Quando digo 'alcançar', quero dizer: fazer a pessoa crer no Evangelho de Jesus, trazendo-a então para a comunidade da Igreja.

Qual é a fórmula básica de evangelismo que está implícita em muitos de nós? A Igreja ajuda a pessoa, seja com obras de caridade, ou talvez guiando-a a Deus, que a curará de uma depressão, por exemplo. Não importa a forma, sendo a pessoa ajudada na grande necessidade, como porta de entrada para a Igreja. Nessa entrada ela é restaurada, e um dia, lá dentro, se torna ela própria uma ajudadora. E o ciclo se repete. Perfeito. Mágico. Não pense que eu quero questionar isso, não mesmo. Isso é lindo. Mas não é o único meio de alcançar as pessoas, e talvez não alcançará um certo tipo de pessoas. Já vamos falar disso.

Antes, vou falar em algo que acredito: que Deus age em todas as direções. Falamos muito da transformação de dentro pra fora. Mudamos o nosso coração, e naturalmente nossas ações vão mudando. Certíssimo. Mas deixe-me apresentar a transformação de fora pra dentro: mesmo contra nossos desejos, começamos a fazer algo que cremos que vale a pena. E com o tempo ficamos inspirados, e de repente estamos amando fazer aquilo. Ok, eu não precisava ter apresentado, você certamente conhece isso. Mas não se fala muito nisso dentro da Igreja, por certos motivos: ao investirmos na transformação de fora pra dentro, se não tomamos muito cuidado, podemos acabar voltando a dar os passos daquela religiosidade vazia, composta de rituais e tradições sem sentido. E se torna ainda mais perigoso se queremos impor a transformação de fora pra dentro a outra pessoa. Isso teria a mesma cara feia do autoritarismo religioso, das regras limitadoras, que vão contra a idéia de liberdade que é tão importante para a Igreja. Mas apesar desses perigos, essa forma de transformação existe, e muitas vezes funciona. Deus age em todas as direções (penso eu).



Então, onde quero chegar: existe uma outra forma de evangelismo, onde a pessoa tem o primeiro contato com a Igreja sendo já uma ajudadora, e lá dentro, depois, é que ela é ajudada. Lembra-se dos botes salva-vidas boiando no oceano a procura de náufragos? Lembra dos que também são náufragos, mas que não sabem? Pois é, são as pessoas que querem ajudar, mas elas próprias não vêem que precisam de ajuda. Elas estão por aí, fora das Igrejas, cheias de boas intenções e com poucas oportunidades. E as Igrejas anunciam: venha para Jesus e tenha a sua vida resgatada do inferno, bênçãos, etc. E elas pensam "Mas a minha vida é muito boa! Inferno mesmo deve ser a vida daquele mendigo que eu passei direto agora há pouco!". Agora imagine se essa pessoa recebesse uma visita de alguém da Igreja que dissesse: "estamos precisando de gente para ajudar a levar roupa para mendigos, e chamá-los para um abrigo. Já está tudo organizado, o seu papel seria bem simples. Quer ajudar?" Muitos não-cristãos aceitariam, porque as pessoas querem ajudar! E lá no contato com a equipe da Igreja, iria encontrar um sentido maior, e conhecer o Evangelho. E só então iria perceber o quanto ela própria estava perdida sem a Cruz. E a própria restauração seria uma das últimas coisas a acontecer.

Ao fazer mais parcerias com os que estão de fora da Igreja (partindo da situação em que os de dentro já estão envolvidos), sejam ONGs, projetos sociais, o alcance da Igreja será muito maior. Porque o contato com o mundo será maior. E quando cremos na existência de uma Verdade, não precisamos ter medo da troca de experiências com outras culturas e pensamentos. Gandhi era um hindu, mas quantas coisas preciosas surgiram do seu relacionamento com cristãos que estavam participando do seu trabalho. Cristãos firmados na Verdade se apegam aos pontos em comum com outras pessoas, e fazem trabalhos maravilhosos nessas parcerias. Como Igreja, chamamos os de fora. Não só para ajudar a si próprio, em uma vida individualista. Mas dessa vez chamamos o não-crente dizendo: Venha conosco, melhorar esse mundo.



Portanto, lembremos que a inversão da ordem das coisas pode gerar novos caminhos. E não é um caminho ou outro, mas a diversidade de caminhos que faz a Igreja ser completa. E todos serão alcançados e conduzidos por essas vias, até chegar no ponto onde elas se encontram: Jesus, o Único Caminho que leva ao Pai, que é criativo o bastante para fazer pessoas diferentes e únicas, cada uma precisando receber a luz de uma direção.