Duas Cruzes

De vez em quando alguém me pergunta porque eu uso dois colares de cruz. Eles são símbolos para me ajudar a lembrar sempre por que eu vivo, e para que eu vivo. Engraçado, não? Afinal, a cruz sempre foi um símbolo de morte e condenação. Mas vou lhe dizer porque essas duas cruzes me dizem tanto a respeito de Vida:

- A primeira representa a cruz de Jesus, o homem mais importante que já pisou neste planeta. Não simplesmente por seus ensinamentos, não apenas pelo exemplo de amor... Ele foi muito mais do que um bom homem... Há mais ou menos 2009 anos atrás, o próprio Deus Criador do Universo habitou na terra como um de nós, com o objetivo de morrer em nosso resgate. Cristo não morreu por expor as suas idéias, ele voluntariamente pagou o preço para nos salvar. Com nossas atitudes podres, simplesmente dissemos "não" à vida que nos foi oferecida. Merecemos o fim. Mas Deus nos amou a ponto de se esvaziar e morrer no nosso lugar. A pena foi paga por um inocente, e por isso nós podemos viver. Mais do que isso, Jesus VENCEU a morte. Ele ressuscitou. A cruz, portanto, um símbolo de morte para os olhos terrenos, é um símbolo de vida para os olhos eternos. Um eterno favor imerecido - essa é a cruz da Graça.

- A segunda representa a minha própria cruz. Através de Jesus, o caminho até Deus se tornou acessível novamente. E à medida que eu escolho seguir esse caminho de luz, um contínuo processo acontece: O velho 'eu' morre, dando lugar a um novo. A vida vazia e sem sentido é quebrada enquanto a verdadeira essência da vida começa a nascer. Tudo muda. E mais uma vez a cruz simboliza uma morte terrena - a morte de quem eu era. Enquanto dessa mesma cruz o verdadeiro Eu começa a ter vida: aquele quem eu de fato nasci para ser. Não vou mentir: Esse processo machuca. Seguir a Jesus não é fácil. O caminho rumo à morte do ego é tortuoso. Mas não existe nada melhor do que viver por Cristo. Ajoelhado, em um ato de entrega, uma lágrima cai: de repente volto a sorrir, enquanto o sopro de vida me preenche por completo...

E apegado a essas duas cruzes, sigo no Caminho a cada dia. Ser salvo não me custa nada. Ser um discípulo custa tudo. Ambos valem eternamente a pena.